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A maldição argentina

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Mensagem por Cimberley Cáspio Dom 18 Mar - 15:59

Por Revista Sputnik - editado p/Cimberley Cáspio

A história da Argentina tem uma mancha incurável, uma tatuagem que nada consegue fazer desaparecer, por mais que os hermanos tentem. O apoio aos fugitivos nazistas. Muitos conseguiram escapar do julgamento e da forca, e com ajuda do Vaticano conseguiram chegar à Argentina, onde foram bem-vindos pelo presidente à época Juan Domingo Perón , o qual, os amparou .

Por mais que os argentinos queiram esquecer essa história, o destino é sempre cruel e constrange quando menos se espera. Como por exemplo, a visita da presidente da Croácia Kolinda Grabar Kitarovic à Buenos Aires essa semana. Na visita, a presidente  visitou a comunidade croata que vive na Argentina desde o  pós-guerra e se reuniu com membros da diáspora; os que ainda vivem e sua geração atual.
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E o discurso da presidente croata foi totalmente controverso e constrangedor. "Foi precisamente na Argentina que muitos croatas buscaram e encontraram um espaço de liberdade depois da Segunda Guerra Mundial onde puderam […] apresentar exigências legítimas de liberdade para o povo e a pátria croata", disse ela. 

O problema destas declarações reside na história da imigração croata à Argentina na época do pós-guerra, comentou Nikola Joksimovic - colunista da revista Sputnik-.  Naquela época, muitos integrantes do governo do chamado Estado Independente da Croácia, marionete da Alemanha nazista, se mudaram para a América Latina.

Um dos destinos mais populares entre eles era a Argentina, governada então pelo presidente Juan Domingo Perón. Uma quantidade enorme de ustashes – nome usado para referir-se aos ultranacionalistas croatas, culpados de extermínio massivo da população não croata dos Bálcãs – se refugiaram na Argentina de Perón, explicou Joksimovic.

Entre eles estava o próprio líder dos ustashes, Ante Pavelic, que foi assessor de Perón. O líder nacionalista croata sobreviveu a um atentado contra a sua vida em 1957 e como consequência emigrou para Espanha onde morreu dois anos depois.

Embora a presidente logo tenha explicado que suas palavras foram mal interpretadas e tenha sublinhado mais uma vez a importância do papel do movimento antifascista na criação da Croácia de hoje, muitos políticos croatas condenaram essas declarações de Grabar Kitarovic.

Mais de 200 mil pessoas de origem croata vivem atualmente na Argentina. A maioria deles tem suas raízes nos imigrantes que chegaram a este país latino-americano antes da Segunda Guerra Mundial. Mas a presidente croata não se dirigia a esta parte da diáspora.

"Ela se dirigia às pessoas que obtiveram uma certa liberdade no regime semifascista de Perón. Os criminosos que deveriam ser julgados por um tribunal chegaram à Argentina por intermédio do Vaticano", sublinhou Kosanovic.

Segundo Kosanovic, os descendentes daqueles imigrantes não são responsáveis pelos crimes de seus antepassados. Mas realmente existem muitos que sofreram influência da retórica da ideologia ustashe.
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