Correios: do amor, ao ódio popular.
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Correios: do amor, ao ódio popular.
Foto:Vestcon Blog Oficial
Por Célio Martins e Giulia Fontes - Gazeta do Povo - editado p/Cimberley Cáspio
Os Correios já foram considerados a instituição mais confiável do Brasil, mas seu acúmulo recente de problemas arrisca transformar a estatal em uma das mais odiadas.
O momento atual da estatal, que já foi exemplo de eficiência no país, soma hoje com prejuízos acumulados de cerca de R$ 6 bilhões nos últimos três anos, redução de 13,6% do quadro de funcionários desde 2013 e greves seguidas. Os Correios vem enfrentando uma explosão de reclamações de clientes por falhas nos serviços de entregas, além de uma nova paralisação dos funcionários, prevista para começar às 22 horas desta segunda-feira. À esse quadro conturbado soma-se uma queda de braço na Justiça com sites de e-commerce, que contestam o reajuste nas tarifas de entrega de produtos por parte da estatal.
A Federação Nacional dos Trabalhadores nos Correios (Fentect) e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicações Postais, Telegráficas e Similares do Paraná (Sinticom) acusam o governo pelos atrasos. “Os atuais, recorrentes e crescentes problemas nas entregas de cartas e encomendas são propositais para manipular a opinião pública contra os Correios, reforçando o apoio a favor da privatização, já em andamento”, diz a direção do Sinticom.
“Falam em reestruturação, mas o que estamos vendo é o sucateamento da empresa e a consequente precarização dos serviços. Não é segredo que o Ministério das Comunicações quer privatizar os Correios e, por isso, não faz mais investimentos”, afirma Suzy da Costa, diretora de imprensa e comunicação da Fentect, ao acrescentar que o número de funcionários caiu de cerca de 130 mil para pouco mais de 108 mil.
A Federação também acusa o governo de interferir, por motivos políticos, na rotina da estatal. “Há trocas constantes de dirigentes. Funcionários de carreira em cargos de direção foram substituídos por novos, sem nenhuma experiência”, critica a diretora.
Além disso, o Sinticom diz que há uma revolta de parte da população com os carteiros. “As pessoas não entendem que os funcionários estão trabalhando no limite, que houve uma redução de mais 20 mil funcionários e os serviços aumentaram”, diz a direção do sindicato.
A categoria realizou duas greves em 2017 por direitos trabalhistas e aprovou, no início deste mês, uma nova paralisação. Prevista para começar nesta segunda-feira (12), a greve pode agravar ainda mais a situação das entregas de encomendas e correspondências. O principal motivo da mobilização é a proposta da empresa de mudança no plano de saúde dos funcionários, que prevê a retirada de pais e mães como beneficiários.
Justificativa
Em nota, a direção nacional dos Correios explica que a empresa registrou expressivo aumento no volume de objetos internacionais nos últimos meses, o que acabou ocasionando acúmulos pontuais de carga e impacto nas entregas. “A empresa está atuando para normalizar as operações o mais breve possível”, diz.
Apesar de admitir acúmulos de carga, a estatal afirma que a entrega de correspondências e encomendas está regular em todo o país. “Situações pontuais podem ocorrer e de imediato são adotadas soluções para cada caso. A entrega de encomendas continua sendo diária, ainda que tenha ocorrido aumento no volume de objetos nos últimos meses”, ressalta.
Em resposta às afirmações das entidades sindicais, a direção dos Correios diz que trabalha para recuperar e fortalecer a empresa. “Estão sendo adotadas medidas que visam a sustentabilidade da estatal. O equilíbrio financeiro está sendo buscado por meio de ações como a otimização da gestão, o controle de despesas, a revisão de contratos, a adoção de uma nova política comercial, que permite maior participação dos Correios no segmento de encomendas, e a redução de custos com pessoal e encargos sociais”, afirma, em nota, sem tocar na questão da privatização.
Com relação ao corte de funcionários, os Correios negam que houve uma demissão em massa. “A empresa abriu um Programa de Demissão Incentivada (PDI), ao qual os empregados elegíveis aderiram espontaneamente. O público alvo do último PDI foram os empregados da área administrativa”, diz.
Por Célio Martins e Giulia Fontes - Gazeta do Povo - editado p/Cimberley Cáspio
Os Correios já foram considerados a instituição mais confiável do Brasil, mas seu acúmulo recente de problemas arrisca transformar a estatal em uma das mais odiadas.
O momento atual da estatal, que já foi exemplo de eficiência no país, soma hoje com prejuízos acumulados de cerca de R$ 6 bilhões nos últimos três anos, redução de 13,6% do quadro de funcionários desde 2013 e greves seguidas. Os Correios vem enfrentando uma explosão de reclamações de clientes por falhas nos serviços de entregas, além de uma nova paralisação dos funcionários, prevista para começar às 22 horas desta segunda-feira. À esse quadro conturbado soma-se uma queda de braço na Justiça com sites de e-commerce, que contestam o reajuste nas tarifas de entrega de produtos por parte da estatal.
A Federação Nacional dos Trabalhadores nos Correios (Fentect) e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicações Postais, Telegráficas e Similares do Paraná (Sinticom) acusam o governo pelos atrasos. “Os atuais, recorrentes e crescentes problemas nas entregas de cartas e encomendas são propositais para manipular a opinião pública contra os Correios, reforçando o apoio a favor da privatização, já em andamento”, diz a direção do Sinticom.
“Falam em reestruturação, mas o que estamos vendo é o sucateamento da empresa e a consequente precarização dos serviços. Não é segredo que o Ministério das Comunicações quer privatizar os Correios e, por isso, não faz mais investimentos”, afirma Suzy da Costa, diretora de imprensa e comunicação da Fentect, ao acrescentar que o número de funcionários caiu de cerca de 130 mil para pouco mais de 108 mil.
A Federação também acusa o governo de interferir, por motivos políticos, na rotina da estatal. “Há trocas constantes de dirigentes. Funcionários de carreira em cargos de direção foram substituídos por novos, sem nenhuma experiência”, critica a diretora.
Além disso, o Sinticom diz que há uma revolta de parte da população com os carteiros. “As pessoas não entendem que os funcionários estão trabalhando no limite, que houve uma redução de mais 20 mil funcionários e os serviços aumentaram”, diz a direção do sindicato.
A categoria realizou duas greves em 2017 por direitos trabalhistas e aprovou, no início deste mês, uma nova paralisação. Prevista para começar nesta segunda-feira (12), a greve pode agravar ainda mais a situação das entregas de encomendas e correspondências. O principal motivo da mobilização é a proposta da empresa de mudança no plano de saúde dos funcionários, que prevê a retirada de pais e mães como beneficiários.
Justificativa
Em nota, a direção nacional dos Correios explica que a empresa registrou expressivo aumento no volume de objetos internacionais nos últimos meses, o que acabou ocasionando acúmulos pontuais de carga e impacto nas entregas. “A empresa está atuando para normalizar as operações o mais breve possível”, diz.
Apesar de admitir acúmulos de carga, a estatal afirma que a entrega de correspondências e encomendas está regular em todo o país. “Situações pontuais podem ocorrer e de imediato são adotadas soluções para cada caso. A entrega de encomendas continua sendo diária, ainda que tenha ocorrido aumento no volume de objetos nos últimos meses”, ressalta.
Em resposta às afirmações das entidades sindicais, a direção dos Correios diz que trabalha para recuperar e fortalecer a empresa. “Estão sendo adotadas medidas que visam a sustentabilidade da estatal. O equilíbrio financeiro está sendo buscado por meio de ações como a otimização da gestão, o controle de despesas, a revisão de contratos, a adoção de uma nova política comercial, que permite maior participação dos Correios no segmento de encomendas, e a redução de custos com pessoal e encargos sociais”, afirma, em nota, sem tocar na questão da privatização.
Com relação ao corte de funcionários, os Correios negam que houve uma demissão em massa. “A empresa abriu um Programa de Demissão Incentivada (PDI), ao qual os empregados elegíveis aderiram espontaneamente. O público alvo do último PDI foram os empregados da área administrativa”, diz.
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