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Fim do ensino superior público pago no Chile.

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Fim do ensino superior público pago no Chile. Empty Fim do ensino superior público pago no Chile.

Mensagem por Cimberley Cáspio Sex 16 Fev - 12:24

Por Peter Schulz - reproduzido e editado p/Cimberley Cáspio

Santiago - Governo chileno aprova reforma do ensino superior que adota um modelo gratuito e universal. A Câmara dos Deputados aprovou com 102 votos e duas abstenções a lei de ensino superior, que universaliza sua gratuidade e introduz outras reformas em um sistema vigente desde a ditadura de Pinochet. O plano já vem de certo tempo e começou a ser posto em marcha em 2016[VI] debaixo de críticas vindo de diferentes pontos do espectro político. O que é comum em várias das narrativas é o alto custo do sistema que agora tem finalmente o marco legal para sua mudança: as mensalidades das universidades chilenas estão entre as mais caras do mundo em termos de paridade de poder aquisitivo[VII]. Esse modelo, que agora é reformado, se correlacionou como uma enorme expansão do ensino superior, mas desonerando o Estado à custa de onerar as famílias e os estudantes. De forma não sustentável. São conhecidos os protestos estudantis no Chile em 2006 e 2011, esses últimos tendo motivado a reforma em questão.

Enquanto no Brasil: Para economizar, governo deveria acabar com o ensino superior gratuito, aponta o Banco Mundial. A ideia é que o governo continue subsidiando os estudantes que estão entre os 40% mais pobres do País; porém, os de renda média e alta poderiam pagar pelo curso depois de formados
Especial.

Por Lu Aiko Ota e Adriana Fernandes, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Para cortar gastos sem prejudicar os mais pobres, o governo deveria acabar com a gratuidade do ensino superior. Essa é uma das sugestões apresentadas no relatório “Um ajuste justo - propostas para aumentar eficiência e equidade do gasto público no Brasil”, elaborado pelo Banco Mundial.

A ideia é que o governo continue subsidiando os estudantes que estão entre os 40% mais pobres do País. Porém, os de renda média e alta poderiam pagar pelo curso depois de formados. Durante a faculdade, eles acessariam algum tipo de crédito, como o Fies.

Além da cobrança de mensalidades, o estudo sugere que os gastos por aluno tenham como limite o valor gasto pelas instituições mais eficientes.

Essa proposta se baseia no fato que 65% dos estudantes das instituições de ensino superior federais estão na faixa dos 40% mais ricos da população. Como, após formadas, essas pessoas tendem a ter um aumento de renda, a suspeita dos técnicos é que a gratuidade “pode estar perpetuando a desigualdade no País.”

O Brasil tem aproximadamente 2 milhões de estudantes nas universidades e institutos federais, ao passo que nas universidades privadas são 8 milhões de estudantes. Porém, o custo médio de um aluno numa faculdade privada é de R$ 14.000,00 por ano. Nas universidades federais, esse custo salta para R$ 41.000,00 e nos institutos federais o valor é ainda maior: R$ 74.000,00 ao ano.

Esse gasto, diz o estudo, é “muito superior” ao de países como a Espanha e a Itália, por exemplo. No entanto, o valor agregado em termos de conhecimento dos estudantes não é muito diferente das faculdades privadas. Esse critério considera o que o aluno aprendeu em comparação ao que se esperava que ele tivesse aprendido.

Os gastos do governo com ensino superior são equivalentes a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e crescem, em termos reais, 7% ao ano, acima da média mundial. “As despesas com ensino superior são, ao mesmo tempo, ineficientes e regressivas”, diz o relatório.

Uma reforma poderia economizar aproximadamente R$ 13 bilhões ao ano nas universidades e institutos federais. No nível estadual, a economia poderia ser de R$ 3 bilhões.

Além da cobrança de mensalidades, o estudo sugere que os gastos por aluno tenham como limite o valor gasto pelas instituições mais eficientes. As menos eficientes teriam, assim, de ajustar suas despesas à nova realidade.

Se as escolas do ensino fundamental e médio atingissem o nível das melhores do sistema, o desempenho na prova do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb) subiria 40% para o nível fundamental e 18% no médio. No entanto, aponta o relatório, o Brasil gasta perto de R$ 56 bilhões a mais do que seria necessário para ter o atual desempenho.

A principal proposta para enxugar gastos nessas esferas é aumentar a quantidade de alunos por professor. O estudo diz que a quantidade de estudantes está caindo devido à redução das taxas de natalidade, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A proposta é não repor os professores que deixam o sistema. Só com isso, a economia seria de R$ 22 bilhões.

E devido a maior escolaridade não ter transformado o Brasil num país mais competitivo, segundo a FGV, o MEC vai punir mais de 900 cursos de ensino superior por mau desempenho.


Fonte: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/...o-silencio

http://economia.estadao.com.br/noticias/...0002091613
Cimberley Cáspio
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